Toda a poesia é luminosa, até
a mais obscura.
O leitor é que tem às vezes,
em lugar de sol, nevoeiro dentro de si.
E o nevoeiro nunca deixa ver claro,
Se regressar
outra vez e outra vez
e outra vez
a essas sílabas acessas
ficará cego de tanta claridade.
Abençoado seja se lá chegar.
Eugénio de Andrade
livro- OS SULCOS DA SEDE
domingo, 7 de setembro de 2008
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2 comentários:
Uma beleza:)
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